Mais um aniversário a marcar o espírito de união do 5º de Cavalaria!

Decorreu por terras alentejanas, mais propriamente em Estremoz, mais um convivio do 5º de Cavalaria onde comemoramos o 33º aniversário da promoção a Sargentos do QP da Arma de Cavalaria. Desta vez coube ao Joaquim Cebola e á Fatinha a organização do evento.

Como sempre, souberam escolher um recanto bem característico do nosso nobre Alentejo para permitirem que o nosso convívio decorresse o melhor possivel. Após a recepção junto ao RC de Estremoz (RC3) a deslocação até á Quinta da Esperança decorreu com uma curta vista pelas ruas da cidade que permitiu a todos reviver velhos momentos passados por estes sitios.

Com a chegada ao local do convivio a fome e a sede avolumou-se e a partir desse momento fomos brindados com um excelente repasto, bem alentejano, que todos apreciaram!

Como em todo o convivio que se preza, mais uma vez houve direito a discurso! Em primeiro lugar coube ao organizador proferir umas breves palavras para agradecer a presença de todos para depois passar a palavra ao Chefe de Curso para o discurso da praxe. Após o discurso do Chefe de Curso foram apresentados os pedaços das notas que selaram a organização anual do convivio.

Após o final do respasto e para desanuviar e desentropecer as pernas seguiu-se uma visita ao Museu Municipal de Estremoz e zona circundante.

Para finalizar e para recuperar energias a Adega do Isaias foi o local escolhido. A hora estava já adiantada e chegou a hora da "Abaladiça" para o ano há mais e não vemos a hora de voltar a reunir-nos.

Discurso do Chefe de Curso.

Minhas Amigas, Meus Amigos, Camaradas do 5º Cavalaria!

É com muito orgulho que estou presente neste 33º aniversário do nosso curso/QP e neste 34º convivio de cavalaria do 5º CFS.

O meu muito obrigado ao Cebola e a Fatinha por terem organizado este convivio nesta nobre terra alentejana, Estremoz, onde ainda hoje se notabiliza a mais velha unidade de cavalaria, o RC 3, cujo historial tem mais de trezentos anos de existência.

Séculos de história repartidos pelas mais diversas campanhas. Como alguém disse e que para a história do regimento ficou perpetuado "raramente se viu na guerra, conduta mais brilhante".

Caros amigos!

Vivemos tempos dificeis, conturbados, plenos de incertezas, de insegurança e de angústia. Olhamos á nossa volta e as injustiças de que nos damos conta impedem-nos de permanecermos calados, incitam-nos a que gritemos a nossa revolta. A nossa indignação já esgotou as palavras que conheciamos para a nomearmos, para contermos a raiva que não se deixa aprisionar em palavras e se solta em actos que poderão ser potencialmente violentos que serão respostas á violência que hoje sofremos imposta pelo exercicio ilegitimo do Poder.

É violência a destruição do presente de milhões de portugueses! É violência o roubo perpetuado contra os mais jovens! É violência os insultos lançados contra os mais velhos negando-lhes um futuro merecidamente digno! É violência haver, hoje, século XXI, num país da UE, milhares de crianças com fome! É violência vil e despudorada colocar no "limbo dos descartáveis" milhares de homens e mulheres porque ficaram sem meios de subsistência aos quarenta/cinquenta anos! É da mais canalha violência colocar numa comunidade que se exige nacional na construção de um futuro comum, de forma intencional, uns contra outros, jovens contra velhos, mulheres contra homens, empregados contra desempregados, funcionários públicos contra trabalhadores privados, professores contra todos, militares como inúteis!

Tendo repudiado todas as palavras ponderadas o Poder Politico refugia-se na máxima hipocrisia: " Não há alternativa". Não percebe ou finje não perceber que esta afirmação é a total e definitiva prova de ilegitimidade com que é exercido esse Poder: para a Democracia é condição inultrapassavel, insubstituivel, inalienavel haver alternativas.

É possivel nomear muitos dos reponsáveis pelo "estado a que isto chegou". Urge que não fiquem impunes como um primeiro acto de muitos outros necessários para devolver a um Povo inteiro a confiança nas instituições para se poder construir um futuro digno e comum.

Camaradas do 5º de Cavalaria!

Comemorou-se em 31 de Janeiro o 122º aniversário da primeira tentativa da implementação da Républica no Porto. Este foi o dia escolhido para comemorar o "Dia Nacional do Sargento". De Norte a Sul e nas ilhas estão a acontecer confraternizações de Sargentos festejando a data.

Nestes dias dificeis para a familia militar é com agrado que vejo a união de oficiais, sargentos e praças, através das suas associações, numa força muito significativa para fazer ouvir a sua voz junto do poder. Tenho orgulho de ter lançado em conjunto com outros camaradas algumas das sementes que mais tarde levaram á criação da ANS!

O discurso vai longo, muito ficou por dizer mas o importante está dito e aqui continuamos mais de três décadas passadas confraternizando. Para o ano há mais e o Reinaldo Monteiro e a Laura vão nos brindar com a sua amável hospitalidade!

Ao Galope... Á Carga!!!

VIVA O 5ºCFS/CAVª!!!

VIVA A CAVALARIA PORTUGUESA!!!

VIVA PORTUGAL!!!