Regimentos de Cavalaria de ontem.

 

A cavalaria portuguesa foi organizada em regimentos com o Regimento das Novas Ordenanças de 15 de Novembro de 1707. Até aí, tinha mantido a antiga organização, vinda da Guerra da Restauração, em companhias independentes - "tropas" - organizadas temporariamente em Troços. Os novos corpos compunham-se de 12 companhias de 40 homens cada formando 4 esquadrões, e sabe-se que em 1715 existiam 20 regimentos.

Pelo decreto de 31 de Agosto de 1715 que reduziu o exército, devido ao fim da Guerra de Sucessão de Espanha, os regimentos de cavalaria passaram a ser em número de 10, compostos de 10 companhias a 30 homens cada. Seis eram de "Cavalaria Ligeira" e 4 eram de "Dragões." Os regimentos de Cavalaria Ligeira eram os regimentos de batalha e eram considerados ligeiros devido à nomenclatura vinda do século XVII, em que só eram considerados cavalaria pesada os lanceiros e os couraceiros, isto é a cavalaria equipada de couraças completas, e não como a "ligeira" equipada somente dos peitorais, ou "peitos" - a parte frontal -, das couraças. Os regimentos de Dragões eram considerados infantaria a cavalo, e por isso mantiveram até 1763 uma companhia de granadeiros a cavalo com barretes de pele, e tambores como músicos.

Em 1735, preparando uma possível guerra com Espanha na Europa, a força do exército foi duplicada, passando os regimentos de cavalaria a ter 12 companhias a 50 homens, num total de 600 homens cada um. Nesse ano criou-se o posto de Director Geral da Cavalaria, para o qual foi nomeado o conde de Assumar, 1º marquês de Alorna em 1748, e avô de D. Pedro de Almeida Portugal, 3º marquês de Alorna. Esta organização manteve-se até 1754, quando, sendo secretário de estado dos negócios Estrangeiros e da Guerra o futuro marquês de Pombal, o Exército de D. João V começou a ser desmantelado. Pelo decreto de 12 de Janeiro de 1754, as companhias dos regimentos de cavalaria passaram a ter 30 soldados, regressando à organização de 1715. Em 1757 foi nomeado Director Geral da Cavalaria o Marquês de Marialva, cargo que passou a ter o nome oficial de General de Cavalaria em 1762.

A estrutura da arma foi modificada de novo devido à Guerra do Pacto de Família, declarada em 1762 entre Portugal e a Espanha auxiliada pela França, quando se aumentou os efectivos das companhias para 42 homens, e o número de companhias em 8, ficando cada regimento a 20 companhias. Este aumento não foi posto em prática, tentando-se criar 4 regimentos de cavalaria com as companhias mandadas levantar. Só o Regimento de Cavalaria de Mecklemburgo foi de facto levantado durante a campanha.

Com o fim da guerra em 1763, a cavalaria passou a ter 12 regimentos, tendo-se criado um novo regimento no final desse ano, sendo organizados em 8 companhias de 30 homens, agrupadas em 4 esquadrões. Até 1797 a organização da cavalaria não sofreu mais modificações.

 

Regimento de Cavalaria de Alcântara

Regimento de Cavalaria de Moura

Regimento de Cavalaria de Olivença

Regimento de Cavalaria de Mecklemburgo

Regimento de Cavalaria de Évora

Regimento de Cavalaria de Bragança 

Regimento de Cavalaria do Cais

Regimento de Cavalaria de Elvas

Regimento de Cavalaria de Chaves

Regimento de Cavalaria de Santarém

Regimento de Cavalaria de Almeida

Regimento de Cavalaria de Miranda